quinta-feira, 7 de maio de 2009

O que vale mais? Criar ou Educar os filhos?

Uma valiosa explicação sobre a diferença entre criar e educar filhos foi o assunto da palestra de Benedito Muniz no primeiro encontro da Escola de Pais do CAC em 2009, no dia 28 de abril.
Partindo da “hierarquia das necessidades humanas” de Abraham Maslow, o palestrante Benedito Muniz – teólogo, educador e palestrante motivacional em empresas e escolas – mostrou que as necessidades primárias não geram motivação. Elas são essenciais, mas não oferecem aos indivíduos motivação para uma vida de serviço e utilidade. Portanto, educar é atender as necessidades primárias usando o respeito, a admiração, o incentivo ao crescimento, o companheirismo e o verdadeiro interesse como veículo.
Além de expor uma lista de exemplos da diferença entre criar e educar, Muniz trouxe sua experiência de pai na educação de seus dois filhos, e sua vivência no meio empresarial e mercado de trabalho. O que é considerado de valor numa pessoa, pelos empresários mais cultos e especialistas em contratação, é o seu diferencial, ou seja, aquilo em que o indivíduo difere dos outros. Esse diferencial tem muito mais a ver com a educação, valores e princípios aprendidos em casa e na escola do que com capacidade intelectual ou esperteza.
Num dado momento da palestra, Muniz elogia os filhos que se interessaram em ouvir a palestra e mostrou a eles algo que nunca mais irão esquecer: uma demonstração da importância da capacidade de escolha na vida de um indivíduo.
Ao final da palestra, Muniz foi aplaudido, e houve um momento para perguntas. Os pais presentes aproveitaram a oportunidade:

• Uma criança pode ser educada sem ser criada? É possível haver educação quando as necessidades básicas não podem ser atendidas?
• Que tipo de escolha uma criança pobre, que cresce num ambiente pobre e limitado, pode ter para desenvolver sua capacidade de sonhar e decidir com responsabilidade?
• Devo deixar minha filha pré-adolescente dormir na casa de amigas?
• Se os valores podem variar de acordo com o contexto de vida de uma família ou indivíduo, quais seriam os valores ou virtudes mais perduráveis e desejados na maior parte dos contextos?

E a última pergunta foi dirigida pelo Prof. Walter – diretor do CAC – a todos os ouvintes presentes: quantos estão levando algum conceito novo e/ou valioso desta palestra para suas vidas? Ao que todos os presentes levantaram as mãos.

Um comentário:

Sonia Sarita disse...

Este é um professor de sabedoria, amigo de sempre, meu pastor sempre, uma pessoa que Deus escolheu para a palavra e palavra sábia de quem estuda. bom seria se conseguissemos incutir em nossos filhos tudo de bom que adquirimos ao longo da vida, mas muitas vezes a experiência fala mais alto que as palavras de nossos pais. É preciso paciência e joelhos dobrados por esses filhos, herança de Deus pra nós. Que bom se nosso exemplo puder mesmo ser imitado, embora o de jesus é muito melhor. Muito difícil mesmo é ver na sociedade tão carente, crianças necessitadas não só de comida, mas da maturidade e conhecimento intelectual dos pais.